(...) já que hipocrisia e puxa saquismo nunca foi o meu forte- e tô mais querendo que o sistema se exploda.
No dia que qq um desses professores aí, começarem a tratar os alunos como seres humanos - que somos- (que fique bem claro!), e descerem da torre de marfim que se encontram, talvez, haja alguma salvação para a educação deste país.
Acho bacana eles falarem tanto em educação isso, profissional aquilo, historiador whisky sachê, e uma porrada de hipocrisias teóricas que só engana a eles mesmos. O curso de história da UFRN teria tudo para ser um dos melhores do país. Acredito que o que falta é menos ego e mais humanismo em nosso departamento. O que vejo: professores com problema seríssimo de ego (o qual Freud deve muito bem explicar em alguns dos seus axiomas - apesar de não gostar do filho da mãe), o qual tomam tudo o que o aluno fala como afronta pessoal, e não são capazes de colocar em prática aquilo que eles nos ensinam em sala de aula - ao menos teoricamente.
Na prática, o que funciona é o argumento de autoridade - esse semestre um deles só faltou me dizer: querida, primeiro escreva sua tese e depois venha falar comigo. ¬¬
É esse tipo de profissional que eu não quero ser. Estou refletindo seriamente se ainda quero ser professora, se quero ser historiadora, porque os péssimos exemplos que tenho tido ao longo desses quatro anos, apenas tem me levado a desacreditar na educação, na ciência e na humanidade (com todo o exagero que me é permitido).
Posso não ser um exemplo de aluna ( se é que esse modelo babaca existe!), posso até não ser a aluna laureada que eles tanto adoram paparicar, mas sou um SER HUMANO, e gostaria de ser tratada como tal. Não moro em Natal, não estudei em escolas particulares e tudo que tenho e sou hoje, foi fruto de muito esforço.
Tá na hora de parar de olhar para seus próprios umbigos e começar a enxergar o outro a partir de suas necessidades. Como foi dito pelos colegas mencionados, cada aluno aqui possui sua particularidade, e nós não nos sentimos respeitados enquanto sujeitos - ao menos, eu me sinto excluída e perseguida neste curso. Parece que tudo que faço/falo tem um peso maior.
É terrível ouvir um filho da puta qualquer ofender você, te chamar de irresponsável, incompetente e nem ao menos enxergar que na frente dele tá alguém que precisa de ajuda, muito mais que sermão - até pq, se eu quisesse ouvir sermão, eu iria para uma igreja.
Acho muito bacana a hipocrisia aqui bem expressada por alguns, que defendem professores, apenas porque sabem que este é um fórum aberto e os tais têm conhecimento sobre o que falamos. Vamos largar a mão de tanta babaquice, porque quando um professor quer prejudicar um aluno, eles não são nem éticos e nem justo. A primeira coisa que eles fazem é detonar você para todo o departamento, e depois abusar de toda autoridade que ele tem para te prejudicar na disciplina.
Claro, salvo pouquíssimas exceções deste nosso departamento, as quais, infelizmente, não são capazes, por mais justas e humanas que sejam ( e tenham sido não apenas comigo, mas com alguns colegas), de salvar a podridão que habita o departamento de história. Alguns profissionais deveriam sair da área da educação e ficar em seus gabinetes, escrevendo teses e mais teses, porque é só com isso que eles sabem lidar: papéis. O ser humano - que afinal, acaba sendo o objeto de todo cientista humano-, é um ser alienígena, e que não serve para estes profissionais.
Sem mais.
Espero que os colegas parem de usar o fórum para fazer média para seus professores, e passem a falar com sinceridade, já que o tema é sério e exige a a mesma seriedade por parte daqueles que aqui falam.
Att.:
Luci S. Araújo
(Luci é aluna do curso de História da UFRN e postou esse comentário em um tópico do fórum dos alunos onde falava sobre a falta de disponibilidade que os professores do departamento afirmam para nunca darem disciplinas de férias.
Posto esse texto pois ele reflete não apenas a visão de Luci, mas a visão de inúmeros alunos da UFRN de tantos cursos, bem como de outras universidades que passam pela mesma situação, esta na hora dos professores começarem a olhar para baixo com um olhar mais complacente e não apenas superior.)